sexta-feira, 5 de março de 2010

Filme divã

O filme Divã conta com uma brilhante atuação da Lilia Cabral e do José Mayer que engrandecem o filme e dão uma percepção real do que o autor deseja passar ao público.
A história é baseada em Mercedes que dcide fazer terapia e vai contando toda a sua história de vida, casamento,intimidades,aventuras e acontecimentos.O mais divertido é que é contada em forma de monólogo, onde o terapeuta apenas aparece como uma sombra e não fala nada, e as estórias são todas passadas no filme.
Esse filme mostra que é por meio das linguagens que mostramos o que sabemos sobre o mundo e sobre nós mesmos, constituindo-nos como sujeitos,fazendo nossa própria história e contribuindo na construção de nossa identidade cultural.



"E através da linguagem que uma sociedade se comunica e retrata o conhecimento e entendimento de si próprio e do mundo que a cerca
É na linguagem que se refletem a identificação e a diferenciação de cada comunidade e também a inserção do indivíduo em diferentes agrupamentos, estratos sociais, faixas etárias,gênero,graus de escolaridade".
(LEITE,2002).

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Filme Espelho d' água

Espelho d' água - Uma viagem no Rio São Francisco não reflete apenas a realidade de lavadeiras, barqueiros, pescadores, defensores da ecologia, entre tantos outros grupos que vivem nas cidades ribeirinhas, onde a dureza do cotidiano incorpora também grandes festas populares, romarias e forrós.Hábitos esquecidos - como fiéis que dormem na Igreja com a Santa ou a celebração com cabaças iluminadas - foram recriados em uma trama ficcional para lembrar tradições que se perderam ao longo do tempo.

Com sua imponência e diversidade cultural, o rio que corta o coração do Brasil é também pano de fundo de uma história romântica sobre um fotógrafo em crise interpretado por Fábio Assunção e sua namorada que sai do Rio de Janeiro para encontrá-lo.

Sendo assim, o uso da linguagem fotográfica no filme ajuda o expectador a melhor compreender a riqueza do filme, pois funciona como um espelho que mostra toda a exuberância,miséria e mitos da região em que se passa o filme.

Lembra o que li na revista ("LEITURAS" p.29) sobre o que disse o fotográfo Juca Martins "certas fotos podem nos ajudar a olhar para o mundo de uma forma como nunca olhamos antes,mostrar a beleza do que consideramos feio, ou a feiúra do que convencionalmente chamamos belo.O importante é ter sempre em mente que a foto não é uma mera reprodução do que se vê, mas um 'discurso' que o fotográfo constrói sobre o mundo".
De modo que a linguagem fotofráfica usada no filme leva o expectador a transitar com os personagens por tradições seculares que estão desaparecendo dentro de um universo que esconde riquezas insuspeitáveis.

"A imagem fotográfica tem sempre duas realidades, a primeira e a segunda, que é a aparente,a que se dá primeiro.Por meio dela se chega à primeira realidade, que é a história daquela imagem".

Boris Kossoy